AGRICULTURA
FAMÍLIAS COMO FORMA DE RESISTÊNCIA
A agricultura familiar
no capo brasileiro hoje é mais que uma politica pública, é uma ferramenta de
resistência frente ao que está sendo posto ao capo. Temos o desafio de
organizar o campo brasileiro para o fortalecimento da agricultura camponesa
feita por trabalhadores e trabalhadoras em conjunto com seu ciclo familiar.
O governo federal com
seus decretos malignos está colocando em cheque a auto sustentação desse
programa ao fazer uso de seu poder para a liberação de venenos para o campo. Essa pratica além de criminosa põem em risco a
diversidade da flora e da fauna brasileira. O modelo agroexportador não mata a
fome da população, serve apenas como um aporte ao mercado financeiro
beneficiando apenas os grandes latifundiários produtores de transgênicos.
O Brasil ainda é um dos
maiores consumidores de veneno no mundo. Em 200
dias de governo foram liberados 290 novos produtos, ou seja, 1,45 agrotóxico
por dia Mantendo o ritmo acelerado de aprovações de agrotóxicos, o
governo liberou nesta segunda-feira (22) mais 51 venenos no mercado brasileiro,
totalizando 290 desde o começo de 2019.
Por outro lado, o
modelo de agricultura familiar discutido pelos movimentos sociais do campo é o
modelo agroecológico, a produção alimentos sem o uso de agrotóxicos e com a
participação de homens, mulheres e crianças. A formação continuada da família
camponesa para deter não apenas o manejo
da produção, mas também o conhecimento técnico cientifico do que é
produzido.
Precisamos cobrar junto
aos governantes em todas as esferas do poder publico o fortalecimento da
agricultura famílias, com incentivos para a produção e escoamento das
mercadorias. Precisamos de projetos para que a agricultura familiar se torne
uma politica pública acessível a todos os trabalhadores e que os próprios
trabalhadores possam ser os comerciantes de sua mercadoria, e assim se livrar das
mãos de atravessadores.
De acordo
com o último Censo Agropecuário, a agricultura familiar é a base da economia de
90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes. Além disso, é
responsável pela renda de 40% da população economicamente ativa do País e por
mais de 70% dos brasileiros ocupados no campo. A produção
orgânica deve chegar não apenas as feiras populares, mas também as escolas,
restaurantes populares, hospitais e outros órgãos públicos, para isso contamos
com o projeto PECAFES que vai ser um aporte para a comercialização justa dos
produtos da agricultura familiar garantindo a compra de pelo menos 30% dos
alimentos para a administração direta e indireta do estado.
Os quintais produtivos,
são também uma das formas viáveis de se discutir agroecologia e alimentação saudável
no campo e na cidade. Temos que ver a produção de alimentos saldáveis como uma
questão também de saúde publica e bem estar social, assim vamos dando vez e voz
aos agricultores e agricultoras. Isso só será possível porem, com muita luta,
muito enfrentamento ao capital financeiro e o modelo agroexportador produtor de
venenos no Brasil.
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